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Página - Dia mundial de luta contra a Hanseníase

Dia mundial de luta contra a Hanseníase

Efeito de Onda

Página Dia mundial de luta contra a Hanseníase

  • 29/01/2016 às 08:52

Fonte: Assessoria Programa Estadual de Controle da Hanseníase

Crédito: Divulgação

A Hanseníase é uma doença que compromete principalmente a pele e os nervos periféricos, provocando manchas, alteração da sensibilidade e inflamação. É transmitida por meio das secreções das vias respiratórias (nariz e boca) para as pessoas que convivem com o doente não tratado. Assim que é iniciado o tratamento, os pacientes deixam de transmitir a doença. Se não for tratada precocemente, pode se tornar grave e gerar deformidades físicas devido ao comprometimento dos nervos, principalmente nos olhos, mãos, pés.

O Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, promovem anualmente a Campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase. A ação faz parte da programação pelo Dia Mundial do Hanseniano, comemorado em 31 de janeiro, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a doença na comunidade, destacar a importância do diagnóstico precoce e tratamento oportuno, com vistas a  reduzir o preconceito e erradicar o estigma.

A hanseníase é hiperendêmica em MT, e a mais de 10 anos, é o estado com o maior coeficiente de detecção entre os estados brasileiros, alcançando índices próximos a 93 casos para cada 100 mil hab. Em 2015, 10 municípios juntos concentraram 51% do total de casos entre eles: Água Boa, Alta Floresta, Guarantã do Norte, Novo Mundo, Campo Verde, Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Tangará da Serra . Mas outros 12 municípios não detectaram nenhum caso entre eles: Araguainha, Conquista do Oeste, Dom Aquino, Figueirópolis do Oeste, Indiavaí, Nobres, Nova Nazaré, Novo Santo Antonio, Reserva do Cabaçal, Rondolândia, Santo Antonio do Leste e São José do Povo, municípios que necessitam intensificar suas ações de busca ativa, campanhas de educação em saúde e de orientação sobre sinais e sintomas para que a população fique atenta e procure o serviço se saúde. Hanseníase tem cura, e a única forma de acabar com ela é tratar todos os doentes no tempo certo, e examinar todas as pessoas que convivem ou moram com o doente, pois são potencialmente mais expostos a ficarem doentes.   

Hanseníase em crianças

Ao longo dos últimos 5 anos a maioria dos casos detectados em crianças foi de multibacilares, o que aumenta o risco do desenvolvimento de neurites e incapacidade física. Com relação ao grau de incapacidade em crianças 13,9% dos casos já tinham algum grau de incapacidade instalada no momento do diagnóstico. Assim as ações de busca ativa de casos, em especial do exame de contatos é de suma importância para o diagnóstico precoce especialmente nas crianças.

Como medida de reforço para interromper a cadeia de transmissão, o Ministério da Saúde está adotando, em 2016, a terapia preventiva da hanseníase aos contatos de casos diagnosticados com a doença. A iniciativa começará em treze municípios de três estados com alta carga da doença: Pernambuco, Mato Grosso e Tocantins.

A estratégia busca ampliar a cobertura de exames de contatos. Ou seja, a cada novo diagnóstico, o serviço de saúde vai identificar e tratar, no mínimo, 20 contatos, entre pessoas que vivem na mesma casa, na vizinhança e outros contatos sociais. Mesmo sem ter sintomas da doença, a pessoa receberá uma dose única de antibiótico.

“Hanseníase tem cura, quanto antes você descobrir mais cedo vai se curar”.

 

Campanhas realizadas em Mato Grosso durante o ano de 2015

Ações Inovadoras

O Ministério da Saúde vem apoiando os estados e os municípios que ainda apresentam maior concentração da doença e que estão localizados, principalmente, nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os recursos devem ser aplicados em ações com foco na busca de casos suspeitos, exames de contatos, integração com a Estratégia Saúde da Família e outras ações que eliminem os focos de transmissão da doença. Em Mato Grosso os municípios contemplados com os recursos das Ações Inovadoras do MS, foram: Alta Floresta, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande. Com a realização da campanha por estes municípios, foram visitados 14.592 domicílios e examinadas 34.614 pessoas. Entre os examinados 7.542 pessoas eram casos suspeitos e foram encaminhadas a unidade básica de saúde, onde compareceram 5.341 pessoas, e destas foram confirmados 523 casos novos e 37 casos novos em menores de 15 anos.

Escolares

Desde 2013, em 852 municípios, considerados prioritários , o Ministério da Saúde realiza campanha nas escolas para  com educação em saúde sobre hanseníase e para o diagnóstico de casos suspeitos de hanseníase e tratamento coletivo de geohelmintos.  A campanha teve como objetivo a detecção de casos novos de hanseníase entre menores de 15 anos.  “A partir destas análises foi possível identificar - nas famílias e nas comunidades - adultos portadores da hanseníase, que podem ter sido a fonte de infecção das crianças”, explicou o Secretário de Vigilância em Saúde – SVS/MS. Segundo ele, quando há um caso em criança é porque existe um adulto próximo ainda sem diagnóstico e tratamento.

Foram submetidos ao exame inicial cerca 3,8 milhões de alunos, dos quais 243 mil foram encaminhados para avaliação nas unidades de saúde, sendo confirmados para a doença cerca de 300.  Além disso, pela primeira vez no País, foi realizado o tratamento coletivo para verminoses, que alcançou 2,8 milhões de crianças. O Ministério da Saúde irá realizar nova campanha nas escolas, prevista para o segundo semestre deste ano, acrescentando mais 150 municípios, totalizando cerca de 1.000 municípios.

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