Página - Dia da Consciência Negra: cinema de MT apagou os negros por 30 anos, aponta pesquisa da UFMT
Dia da Consciência Negra: cinema de MT apagou os negros por 30 anos, aponta pesquisa da UFMT
Efeito de Onda
Página Dia da Consciência Negra: cinema de MT apagou os negros por 30 anos, aponta pesquisa da UFMT
Estudo mapeia 48 filmes financiados com recursos públicos entre 1992 e 2020 e revela baixa presença negra diante e atrás das câmeras, além de estereótipos recorrentes
Crédito: Divulgação AMM
Pessoas pretas quase não existem no cinema feito em Mato Grosso. É o que mostra uma pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso que vasculhou 48 filmes financiados com recursos públicos. O resultado escancara um roteiro repetido: pouco espaço nas telas, pouquíssimo poder de decisão e estereótipos insistentes.

Defendida em 2023 por Maurício Rodrigues Pinto, no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMT, a dissertação “BlackOut: o Negro no Cinema de Mato Grosso” examina produções realizadas no estado, da Lei Hermes de Abreu (1992) à Lei Aldir Blanc (2020). O estudo evidencia que a maioria dos títulos foi dirigida e roteirizada por pessoas brancas, o que ajuda a manter padrões estéticos e narrativos que marginalizam corpos e histórias negras.
Dos 48 filmes mapeados, apenas 10 têm direção e roteiro assinados por pessoas negras, e só dois colocam a negritude no centro da narrativa: “A Cilada com Cinco Morenos” e “Aqui Jaz a Melodia”. Em papéis de protagonismo, pessoas negras aparecem em 21 produções — menos da metade do recorte.

A conclusão é direta: a presença de pessoas negras na direção e em funções de liderança criativa permanece muito pequena, e a tela ainda reproduz papéis estereotipados. Os dados servem de base para ajustes em políticas públicas, com metas de diversidade, comissões de seleção mais plurais e indicadores transparentes por função e por projeto. Sem números, a ausência passa despercebida; com eles, vira pauta e política.
Consciência Negra — Na semana do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, o estudo recoloca o tema no centro do debate público ao mostrar como as desigualdades raciais também se manifestam no audiovisual mato-grossense. Ao dar visibilidade à baixa representatividade, a pesquisa reforça a necessidade de ações que ampliem oportunidades e valorizem profissionais negros no setor.
Leia a pesquisa completa: https://encurtador.com.br/nPmh
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