Página - Audiência pública debate as consequências da Lei Kandir para Mato Grosso
Audiência pública debate as consequências da Lei Kandir para Mato Grosso
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Página Audiência pública debate as consequências da Lei Kandir para Mato Grosso
Crédito: Fablicio Rodrigues/ALMT
A Lei Kandir, que desonera as exportações da cobrança do ICMS, foi amplamente discutida nesta segunda-feira (28) durante audiência pública na Assembleia Legislativa. No próximo ano a lei completa 20 anos, ao longo dos quais o estado passou por grandes transformações. Em 1996, por exemplo, a produção de grãos de Mato Grosso era de três milhões de toneladas. Atualmente esse número saltou para mais de 45 milhões de toneladas de grãos.
O deputado Wilson Santos (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, defendeu a formação de uma frente parlamentar interestadual para tratar da Lei Kandir. O governo se comprometeu a compensar as perdas na arrecadação do imposto pelos estados, mas as regras não ficaram claras. E os valores demoram a ser repassados pela União. “É hora de fazermos um freio de arrumação, ver o que deu certo e o que pode ser corrigido. Há estados da Federação, como Mato Grosso do Sul, que buscaram algumas alternativas, por exemplo, a cobrança de uma pequena parcela, e impediu a exportação total da sua produção primária”, disse.
“Mato Grosso perde muito por não arrecadar ICMS de produtos que estão na cesta da Lei Kandir. O problema está nas políticas compensatórias. De 1996 até 2014, foram R$ 39 bilhões de renúncia contra uma compensação de R$ 4 bilhões. Até hoje, por exemplo, o governo não repassou a compensação relativa a 2014. É hora de sentarmos à mesa e buscarmos caminhos”, completou.
O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Brustolin, afirmou que o estado é vítima da forma como o governo federal conduz as contas públicas. “Estou há nove meses acompanhando o governador Pedro Taques, em Brasília, e o Estado não pode fazer sequer um real de empréstimo por falta de aval da Secretaria do Tesouro Nacional. Mato Grosso está engessado”, diz. Segundo ele, sem as exportações de Mato Grosso, o Brasil teria um sério problema para fechar suas contas internas. “Por isso, o estado tem de ser visto com outros olhos. Atualmente, quem ajuda e carregar o Brasil não tem o devido respeito”.
O conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-MT), Luiz Henrique, afirmou que este é o verdadeiro papel da Assembleia Legislativa, trazer os debates, como o da Lei Kandir. “Essa questão é uma das mais graves disfunções da República Federativa. Criou a desoneração e instituiu uma compensação que não funciona”.
Segundo ele, se não fosse Mato Grosso, o déficit da balança comercial brasileira seria de US$ 17 bilhões. “O déficit foi de US$ 4 milhões porque Mato Grosso teve um superávit de US$ 13 bilhões”, pontuou. Para ele, “a União é caloteira por não honrar os repasses com os estados”.
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