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Página - AMM defende acréscimo do FPM para pagamento do piso da enfermagem

AMM defende acréscimo do FPM para pagamento do piso da enfermagem

Efeito de Onda

Página AMM defende acréscimo do FPM para pagamento do piso da enfermagem

  • 28/04/2023 às 09:11

Fonte: Agência de Notícias da AMM com informações da CNM

Crédito: Divulgação AMM

A Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), juntamente como o movimento municipalista nacional, está se mobilizando pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/2022, que adiciona ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) mais 1,5%. A proposta é que a medida seja permanente, como aporte de recursos financeiros que poderão ser aplicados para o pagamento do piso salarial da enfermagem.

O Congresso Nacional aprovou  esta semana o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 5/2023, que trata do custeio do piso da categoria. Pelo texto, será aberto no Orçamento crédito especial no valor de R$ 7,3 bilhões, contudo a avalição do movimento municipalista é que o montante não será suficiente para honrar o compromisso. Caso seja sancionado, o PLN 5/23 será pago a partir do próximo mês, segundo o governo federal.

Estimativas da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) são de impacto de R$ 10,5 bilhões para os municípios no primeiro ano da implementação da medida. Em Mato Grosso, a previsão é que o piso gere um acréscimo de R$ 239,2 milhões na folha de pagamento das prefeituras, sem considerar os encargos.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, destacou que o orçamento das prefeituras já está no limite e que novas despesas podem colocar em risco o equilíbrio das contas. “Não somos contra uma remuneração justa para a categoria, pois reconhecemos a importância do trabalho desenvolvido pelos profissionais. Porém, o impacto do compromisso pode colocar em risco o equilíbrio das finanças das prefeituras, que têm muitas atribuições e responsabilidades”, assinalou.

A CNM também alerta sobre a insuficiência dos recursos aprovados para o custeio do piso. Em nota, a instituição observa que, apesar dos municípios serem responsáveis pela maior parte das ocupações de enfermagem (570 mil ou 40% das ocupações indiretas e diretas do país), seguidos pelos estados e pelo DF (20%), a divisão dos recursos privilegia os repasses para governos estaduais (R$ 4 bilhões) em detrimento dos municípios (R$ 3,3 bilhões). Soma-se a isso o fato de que os municípios, em geral possuem, remunerações mais baixas do que os estados e DF, necessitando de mais recursos para cumprir a obrigação.  

A lei define que o piso salarial dos enfermeiros será de R$ 4.750. Os técnicos de enfermagem deverão receber 70% desse valor (R$ 3.325) e os auxiliares de enfermagem e as parteiras, 50% (R$ 2.375).  O pagamento dos novos valores aos profissionais está suspenso por liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte suspendeu os efeitos da Lei 14.434/2022 pela falta de indicação da fonte de financiamento e pelos riscos às finanças de estados e municípios.

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